Boa tarde, caros colegas estou enviando-lhes este texto não para incentivar e omente falar de greve, mas sim para refletirmos. E que possamos juntos escolher o melhor caminho a seguir, sempre com calma, diálodo e compreensão. Devemos ser capazes de negociar algo que será bom a todos e de direito da categoria.
Esse é nosso intuito
Vamos nos unir e juntos buscarmos melhorias, para que possamos atingir nossos objetivos.
O VÔO DAS BORBOLETAS
Por Renato Lauermann
Greve causa desconforto e sofrimentos, mas é um legítimo instrumento reivindicatório em uma democracia. Mesmo assim os grevistas são mal vistos pela sociedade. Tudo que altere a rotina não é bem assimilado e nada muda mais o rotineiro de que uma greve prolongada. É importante lembrar que em uma ditadura o primeiro direito a ser confiscado é o de fazer greve. Greves permitem observar o que há de melhor e de pior nos seres humanos. Animais não fazem greve, ela é inerente aos que raciocinam.
O melhor é a solidariedade, a união, a organização e a capacidade de superar possíveis resultados inesperados. O pior é o egoísmo e o oportunismo que se manifesta nos que 'furam' a greve, mas querem se beneficiar dos resultados positivos, quando alcançados.Tenho certeza de que o grevista é a maior vítima de uma greve. Além do estresse pela incerteza dos resultados, há a possibilidade de desconto dos dias parados (que muitas vezes anula os benefícios alcançados)1 e a certeza de trabalho em dobro ao término dela. Um grevista é sempre a primeira opção em se tratando de redução do quadro funcional.(2)
Aos fura greves, os benefícios são tentadores: não precisam recuperar dias parados, não há risco de demissão(3) e, caso o movimento seja vitorioso, os ganhos serão estendidos a eles. Por isso, eu aponto um único lado negativo nas greves: por beneficiar indistintamente aos que corajosamente evoluem para borboletas e aos que covardemente, aceitam a condição de lagarta. A lei deveria mudar, garantindo que as conquistas dos grevistas fossem apenas deles. Os demais receberiam apenas o que os patrões oferecem e que de bom grado eles aceitam, pois se assim não fosse, eles também se rebelariam.
É assim nas greves de professores, bancários, policiais ou qualquer categoria profissional em que uma parcela deles não sabe a diferença entre existir e viver. Exalto a coragem dos que arriscam. Deploro a vileza dos que fazem da acomodação uma maneira de auferir lucros indevidos. Aos que ganham asas, a certeza de que, vistas do alto, as lagartas são ainda menores do que parecem.
Muito produtiva nossa assembléia ontem em Campo Mourão. A união está fazendo a diferença. Vamos continuar assim.
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